sábado, 2 de abril de 2011

A NOTÍCIA FOI VEICULADA NO DIA 1º DE ABRIL DE 2011, PARECE MENTIRA, MAS INFELIZMENTE NÃO É!


Após inseminação, pai rejeita uma das três filhas

Categoria: GeralSaúde
EVANDRO FADEL
CURITIBA – Trigêmeas nascidas em 24 de janeiro, após reprodução assistida, estão sob cuidados do Conselho Tutelar sob a alegação de terem sido rejeitadas pela família. A intenção do casal era ter somente dois filhos e, segundo informações da maternidade onde os bebês nasceram, como pretendiam deixar um para adoção, o Ministério Público foi acionado e obteve liminar para colocá-las sob a tutela do Estado.


Pais sabiam que teriam trigêmeos, garante médico responsável pela inseminação. Funcionários do hospital contam que, durante o parto, o pai afirmou que levaria somente dois bebês. Ele chegou a escolher duas das três meninas, que nasceram prematuras e com pulmão ainda em desenvolvimento. Ao saber que uma das escolhidas precisaria de cuidados especiais, por estar mais fragilizada, teria dispensado a garota, dizendo que só queria as saudáveis.
Enfermeiros e médicos, comovidos com a situação, mobilizaram-se para dar assistência aos bebês. Psicólogos tentaram convencer os pais a aceitarem todas as crianças, mas não tiveram sucesso. As três meninas permaneceram por um mês na maternidade, embora já tivessem condições de serem levadas para casa com 10 dias de vida. Todas estavam saudáveis.
Posteriormente, os pais teriam ido ao hospital para tentar levar apenas duas meninas para casa, mas elas já tinham sido encaminhadas ao Conselho Tutelar. A reportagem apurou que os pais, arrependidos, já entraram com pedido de reconsideração na Justiça, requerendo a guarda das trigêmeas. O processo tramita em sigilo na Justiça.
O diretor clínico do Centro de Fertilidade de Curitiba, Karam Abou Saab, responsável pela transferência dos embriões, disse que conversou com os pais após o episódio. “Coloquei-me à disposição para tentar entender.” Segundo ele, os pais sabiam que teriam trigêmeas.
De acordo com Artur Dzik, presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, o Brasil realiza cerca de 25 mil ciclos de reprodução assistida por ano – desses, cerca de 30% resultam em gravidez. Desses 30%, cerca de 5% são de trigêmeos ou quádruplos. “É por isso que o Conselho Federal de Medicina publicou uma resolução limitando o número de embriões de acordo com a idade da mulher.”
Pacientes com até 35 anos devem implantar apenas dois embriões, mas para mulheres de 36 a 39 anos três embriões são permitidos. Acima de 40 anos é possível implantar quatro embriões.

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